01/09/2011
Copom baixa taxa de juros para 12%
Por cinco votos a dois, o Copom reduziu a taxa básica de juros interrompendo uma série de cinco altas consecutivas iniciada em janeiro e que tinha como objetivo segurar a inflação.
Numa decisão que surpreendente, o Banco Central reduziu na noite desta quarta-feira (31) em meio ponto percentual a taxa básica de juros brasileira.
As autoridades monetárias justificaram a inesperada medida afirmando que a difícil situação externa ajudará a conter a inflação no Brasil.
O governo já vinha sugerindo uma redução na taxa de juros. Na segunda-feira, o ministro da Fazenda anunciou um corte de R$ 10 bilhões nas contas públicas. E explicou: “Isso permite também que se abra espaço para uma queda da taxa de juros, quando o Banco Central entender que isso é possível. Isso não significa descuidar da inflação, que é uma preocupação permanente do governo”.
Na noite desta quarta-feira, veio a decisão do Banco Central. Por cinco votos a dois, o Copom reduziu a taxa básica de juros de 12,5% para 12% interrompendo uma série de cinco altas consecutivas iniciada em janeiro e que tinha como objetivo segurar a inflação.
Foi uma decisão inesperada. Primeiro porque o mercado apostava na manutenção da taxa de juros. Segundo porque o corte não foi pequeno: meio ponto percentual. Os economistas ficaram surpresos.
“Foi uma surpresa para gente, para o mercado em geral. Todos os analistas, 100% esperavam estabilidade da taxa de juros nessa reunião e veio um corte, um corte até mais forte do que os aumentos de juros no primeiro semestre tinham sido. O dobro dos aumentos em geral. Isso está ligado bastante a um cenário externo, cenário de economia mundial muito pessimista do Banco Central”, diz o economista do Santander, Cristiano Souza.
Em nota, o Copom explica que tomou a decisão após fazer uma reavaliação do cenário internacional. Com previsões de queda no crescimento dos principais blocos econômicos e que isso pode resultar para economia brasileira em menos comércio, menos investimentos, condições de créditos mais restritivas e piora no sentimento de consumidores e empresários.
Para o economista da consultoria Tendências, Juan Jensen, a decisão do Copom pode pressionar a inflação.
“Na nossa avaliação reduzir os juros nesse momento é um erro. Provavelmente o que a gente vai observar é um movimento de preços em aceleração e uma inflação e expectativas que não só não convergem em direção ao centro da meta como se mantém em níveis elevados em seis, 6,5 até acima do teto da meta”.
Fonte: Jornal Floripa
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